Wednesday, November 15, 2006

Victor Hugo

Victor Hugo (26 de Fevereiro de 1802, Besançon - 22 de Maio de 1885, Paris) escritor e poeta francês, autor de “Les Misérables” e de “Notre-Dame de Paris”, entre outras.

A sua produção que se estendeu por 70 anos ininterruptos, até quase à sua morte, foi impressionante, abrigando todos os géneros conhecidos, da poesia ao ensaio cultural, da novela ao panfleto político, do romance ao teatro, nada desconheceu.

Da sua veia literária nasceu, para mim, a obra maior: os Miseráveis.
Li “Os Miseráveis” de fio a pavio, sempre com o espanto de quem contempla algo belo.
Não conheço adjectivos para elogiar “Os Miseráveis”.
É uma obra notável, um portento, simplesmente fantástica.
A sua beleza formal - literária, só é ultrapassada pelo seu conteúdo - político e social, verdadeira dissertação sobre a condição humana na sociedade “moderna”.

É de imensa importância a sua actividade política, (quando se é grande, é-se grande em tudo), onde denunciou até ao fim a segregação social, declarando durante a última reunião pública a que presidiu: "A questão social perdura. Ela é terrível, mas é simples: é a questão dos que têm e dos que não têm!".

Durante a sua carreira política fez quatro grandes discursos: sobre a defesa do litoral, sobre a condição feminina, sobre o ensino religioso e uma argumentação contra a pena de morte.

E em 1876 a propósito da abolição da pena de morte em Portugal (o primeiro país europeu a fazê-lo) Victor Hugo disse: “Está pois a pena de morte abolida nesse, nobre Portugal, pequeno povo que tem uma grande história. (...) Felicito a vossa nação. Portugal dá o exemplo à Europa. Desfrutai de antemão essa imensa glória. A Europa imitará Portugal. Morte à morte! Guerra à guerra! Viva a vida! Ódio ao ódio. A liberdade é uma cidade imensa da qual todos somos concidadãos."

Só para ilustrar o quanto Portugal andou (marcha à ré) desde então.

De entre muitas citações famosas (condensadores de sabedoria), fica esta: "Quando uma criança aparece, os seus familiares aplaudem com alvoroço".

Monsieur

2 Comments:

At 5:28 PM, Blogger Desambientado said...

Como é incrível que de vez em quando, esse pequeno povo, de alma grande, se sente abalado nas suas convicções!!

 
At 11:44 AM, Blogger melena said...

desambientado

é bem verdade, este povo até ele próprio é capaz de surpreender

 

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