Anseios
É frequente ouvir “nunca mais chega às 5” ou “nunca mais é sexta-feira”.
A verdade, é que passamos o tempo a desejar que ele passe.
Que se chegue ao fim de uma etapa.
Fim da jornada de trabalho, para sair a correr do trabalho
O anseio pelo fim-de-semana; esse então é terrível.
O fim do mês, pelas mais variadas razões.
Hoje é fim de Junho, fim do 2º trimestre e também 1º semestre deste ano.
Estamos a meio do ano, 6 meses já foram, 6 meses para vir.
Os anseios e as correrias vão continuar – passamos a vida a correr, basta ver como nos comportamos ao volante – mas não sabemos muitas vezes para onde corremos.
O movimento e a pressa dão a ilusão de que não temos pousio, de que não somos nós. Ajuda-nos a fugir da realidade do que somos.
Por isso a inquietude.
Por isso a falta de resposta a “o que é que procuras?”
Praia on foot
É o nome de um pequeno guia editado pela direcção regional de turismo, consegui o meu na biblioteca da Praia da Vitória.
Sexta-feira passada, apesar de já conhecer minimamente a Praia decidi fazer o percurso lá sugerido.
Isto foi o que vi:
1 ponto de paragem: Largo Conde da Praia da Vitória
2 ponto: Jardim Municipal. (aqui tenho de juntar a minha voz à dos locais)
O jardim, alvo de obras e reaberto ao público em Outubro de 2005, é tudo menos bonito.
Entre um jardim e uma praça não se percebe qual o objectivo do espaço.
Está sem uma ideia clara de conjunto, uma pena.
Sai-se de lá com um amargo gosto a “desconsolo”.
3 ponto: Mercado Municipal
4 ponto: Praça Francisco Ornelas da Câmara
5 ponto: Câmara Municipal
6 ponto: Igreja Matriz
Aqui chegado, por volta das 14h30, encontro a igreja fechada.
7 ponto: Casa de Vitorino Nemésio
Também fechada, mas aqui no sentido de que não é um espaço aberto ao público.
Uma simples placa assinala que foi lá que o dito cujo nasceu.
E que tal uma casa museu aberta ao público?
8 ponto: Igreja do Santo Cristo
9 ponto: Casa das Tias
Aqui partiu-se-me o coração.
A dedicatória de Vitorino Nemésio que lá encontramos é tudo menos o retrato do estado actual da casa.
Está abandonada, portas e janelas fechadas com madeira e completamente coberta de cal.
Uma miséria
10 ponto: Cooperativa de Artesanato
Também fechada.
Aqui o espanto e decepção é maior pois o panfleto que tenho na mão diz-me que está aberta de segunda a sexta das 13h00 às 18h00.
O meu relógio devia estar avariado; pois marcava 15h15.
11 ponto: Miradouro do Facho
Assim se recebem os turistas nos nossos Açores.
Não compreendo como o "Praia on foot" não tem referência ao Império das Figueiras do Paim, já que os impérios são únicos.
Dou relevo apenas aos pontos negativos pois são esses que, no meu ponto de vista, precisam de ser melhorados.
PS: este post foi enviado à delegação de turismo da terceira e à câmara municipal da Praia da Vitória.
Nos próximos dias estarei
nesta cidade cujo centro histórico está, desde 1983, classificado como local de Património Mundial pela UNESCO.
Até para a semana
Rabelais
François Rabelais (Chinon, 1494 — Paris, 9 de Abril de 1553) escritor francês do
Renascimento.
Rabelais é o modelo perfeito do humanista do renascimento, que lutava com entusiasmo para esquecer a influência do pensamento da Idade Média, inspirando-se nos ideais filosóficos e da antiguidade clássica. Foi monge franciscano, depois beneditino. Posteriormente abandonou a ordem, mas não a batina. Imaginou a Abadia de Thélème onde a única regra seria "faça o que quiser". Foi autor de obras satíricas como Gargantua e Pantagruel, propôs a filosofia pantagruelista.
“O apetite vem quando se come, a sede desaparece quando se bebe.”
"Pouco tenho, devo muito, o resto fica para os pobres" (em seu testamento)
O que importa
às vezes custa não esquecer que o Amor, em sentido amplo, é a fonte e motor do mundo.
dele nascem: a amizade, a compaixão, a paz, a alegria e também o sentimento a que normalmente chamamos de amor.
com tudo isso teremos paz interior, o resto é pevides e não interessa
Petrarca
Francesco Petrarca (Arezzo, 20 de Julho de 1304 – Pádua, 19 de Julho de 1374) foi um importante escritor, poeta e humanista italiano, famoso, principalmente, devido ao seu
Romanceiro. É considerado o inventor do soneto, tipo de poema composto de 14 versos.
dele ficou este pensamento:
“Bendito seja o dia, o mês, o ano e a estação, a época a hora e o momento e o formoso país e o lugar onde os lindos olhos me encantaram e me cativaram.”
será que ouvi bem?
a TSF passou nesta manhã uma entrevista a um responsável do Ministério dos Negócios Estrangeiros, acerca dos supostos voos da CIA que passaram por Portugal, com prisioneiros a caminho de países onde fossem torturados.
Na sua resposta confirmou que um voo da CIA fez escala em Santa Maria de regresso aos Estados Unidos após ter deixado um prisioneiro.
Instado novamente acerca da questão defendeu a posição portuguesa alegando que “quando o avião fez escala cá estava vazio, já não tinha o prisioneiro a bordo, e que assim todas as normas de Direito Internacional foram respeitadas”.
Mas está tudo parvo? Ou estão a tratar-nos como parvos?
Como o avião já vinha no regresso, já não faz mal? Será isso?
Ele esquece que as viagens têm ida e regresso?
E se fosse na ida, Portugal já tomaria outra posição?
Palavra de honra, até custa ouvir isso da boca de responsáveis governamentais.
No fundo é doutrina penal que se faz: a caminho do crime somos cúmplices, no regresso do crime não somos cúmplices.
nos Açores
Domingo houve "sopas" ao almoço na freguesia de Santa Cruz e ao jantar na freguesia do Rosário.
Ontem foi a freguesia da Maia a oferecer "guisado".
Como acontece nas festas do Espírito Santo, há sempre bandeirolas, verduras e muita música.
Sem nunca esquecer a bela da massa sovada.
Grandes Açores
e esta ?
Aqui fica mais uma de Oscar Wilde
"Não tenho nada a declarar, excepto que sou um génio."
